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Megaeventos esportivos no Brasil: as infraestruturas urbanas e seus rebatimentos nas cidades-sede

Esta semana o portal habitaracidade.com traz à biblioteca a tese de doutorado de Anderson Ferreira da Silva. Intitulada "Megaeventos esportivos no Brasil: as infraestruturas urbanas e seus rebatimentos nas cidades-sede", a tese foi defendida junto à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília em 2019 e aborda as condições em que se deu a implantação de infraestruturas urbanas em cidades brasileiras no contexto recente de grandes eventos esportivos, a incerteza de usos futuros e as transformações no meio urbano delas decorrentes. Boa leitura!


"Os megaeventos esportivos no Brasil são lembranças ainda muito recentes nos cenários das cidades brasileiras, sobretudo naquelas que foram utilizadas como capitais-sede. Deles, muito se falou sobre projetos, obras, usos e investimentos financeiros. Apesar da existência de inúmeras pesquisas sobre o tema, pouco se trabalhou no sentido de reunir as doze cidades-sedes e colocá-las sob um único modelo analítico a partir dos custos, projetos, obras, finanças e comportamentos urbanos. O intuito desta pesquisa é fazer um estudo lato sensu a partir da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, e stricto sensu, sobre as cidades-sede da Copa. O universo de trabalho é composto por 12 cidades-sedes, no recorte temporal de uma década, a partir do anúncio das cidades-sede pela FIFA e a definição das Olimpíadas do Rio pelo COI, ambos em 2009. São estabelecidas duas abordagens sobre as obras de infraestrutura urbana do Primeiro Ciclo de Planejamento da FIFA (arenas/estádios, aeroportos, portos e mobilidade urbana/ transporte). Na primeira, para construção do cenário total de investimentos, são considerados os documentos oficiais da Copa e das Olimpíadas, matrizes de responsabilidades e planos de políticas públicas, suas primeiras versões, variações e versões finais. A segunda abordagem se ocupa em analisar os projetos e obras das doze cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 e para isso são desenvolvidas duas frentes: uma pelos custos e usos, considerando as fases de projetos, obras, finanças, usabilidade e gestão e a outra avalia os impactos causados pelos projetos dentro de raios estabelecidos, verificando as existências de intervenções, transformações e adaptações urbanas e rebatimentos na estruturação e/ou reestruturação urbanas e sociais das cidades. A condução do estudo foi através do respaldo teórico e da contextualização dos megaeventos esportivos no mundo e no Brasil e suas reverberações, a partir dos aspectos teóricos da estruturação do espaço urbano e da leitura e construção da paisagem urbana. Foram argumentadas as implantações dos edifícios e das obras urbanas, suas pertinências, investimentos, especulação urbana imobiliária e os censos e contrassensos entre planejamento, projeto, obra, execução e funcionamento. Dos resultados, ficaram três grandes inferências: (1) os valores investidos extrapolaram as previsões e as prestações de contas feitas pelo estado, (2) as obras foram construídas sem previsões mais certeiras de usos futuros e (3) as infraestruturas construídas atuaram como estruturadoras e transformadoras dos espaços urbanos juntamente com os valores por elas motivados.


Palavras-chave: megaevento esportivo; infraestrutura urbana; cidade-sede; estruturação urbana."


Título: Megaeventos esportivos no Brasil: as infraestruturas urbanas e seus rebatimentos nas cidades-sede

Autoria: Anderson Ferreira da Silva

Orientador: Prof. Dr. Rômulo José da Costa Ribeiro

Tese (Doutorado) - Universidade de Brasília, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), Programa de Pesquisa e Pós-graduação, Brasília, 2019.


Acesse o trabalho completo em habitaracidade.com/biblioteca


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