Esta semana o portal habitaracidade.com traz à biblioteca "Caminhar, descobrir, projetar: reflexões sobre a deriva e o fazer projetual em paisagismo", artigo de Arthur Cabral publicado em 2020 na Revista Jatobá. O texto aborda a relação entre a experiência sensível do espaço dada a partir do ato de caminhar e os significados possíveis do projeto que se volta à paisagem. Boa leitura!
"Nós descobrimos o mundo à medida que nos deslocamos por ele; inventamos o novo à medida que o que já existe se revela diante de nós. Em termos gerais, no que diz respeito ao fazer projetual que se volta à paisagem, assume-se, nas reflexões aqui presentes, a perspectiva de que nenhuma invenção pode ser tão absolutamente inovadora que prescinda do contato com aquilo que a precede, com as preexistências, com a materialidade da paisagem; por outro lado, parece razoável supor que o desvelamento daquilo que já existe, mas que não é, até então, reconhecido, corresponde, também, a uma forma de invenção. Nesse sentido, o presente texto tem como objetivo refletir sobre as pontes pelas quais podem se unir a experiência sensível da paisagem e o fazer projetual que a ela se volta, uma vez compreendido o potencial estético de natureza criadora inerente ao ato de caminhar. Esses pressupostos se respaldam, sobretudo, nas reflexões do geógrafo Jean-Marc Besse acerca da paisagem, entendida enquanto experiência fenomenológica, e de suas relações com o fazer projetual."
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