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Esta semana o portal habitaracidade.com tem a honra de trazer à biblioteca a dissertação de mestrado intitulada "Poder, memória e estigmas: pontes entre Ceres e Rialma", de autoria de Lucas Felício Costa. Desenvolvida junto à Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás, a pesquisa aborda com especial interesse aspectos associados ao poder e às suas manifestações simbólicas no espaço, que tanto aprofundam cisões quanto estigmatizam diferentes territórios. Boa leitura!


"Neste trabalho propõe-se uma aproximação entre as formas de Poder e Estigma como ações que engendram diferenças socioeconômicas e espaciais. Tem-se por objeto de investigação as cidades de Ceres (Colônia Agrícola Nacional de Goiás) e Rialma (Barranca), dois municípios do Estado de Goiás localizados na região do Vale de São Patrício, às margens do Rio das Almas. Estas cidades “irmãs” são separadas por um limite geográfico, um rio, mas conectadas por histórias, memórias e uma ponte. As duas cidades foram fundadas na mesma ocasião, mas suas trajetórias revelam, hoje, grandes diferenças estabelecidas por uma relação desigual e predatória, calcada desde o início na construção de estigmas. Para desenvolver uma leitura possível da condição histórica e político-social referente à formação de Ceres e Rialma, indica-se uma interlocução entre as obras de Michel Foucault (1992, 2008, 2012, 2013) a partir dos conceitos de Poder, Domínio, Disciplina e Suplício e as obras de Walter Benjamin (1987, 1994, 2011) tomando-se por referência a noção de História, Alegoria e Ruína. A base histórica desta dissertação foi estruturada na análise de documentos oficiais, literários e iconográficos além de entrevistas realizadas com moradores de Ceres e Rialma. Como proposta metodológica de avaliação do processo de estigmatização territorial, foram realizados dois procedimentos de leitura dos territórios de análise que remetem aos conceitos de Certeau (1994): a pesquisa na condição de Flaneur que percorre e vivencia o cotidiano das cidades e como Voyeur que se utiliza de diversos indicadores – sociais, censitários, demográficos, econômicos e culturais para análise da condição de Ceres e Rialma. O confrontamento dos dados obtidos com os depoimentos registrados em pesquisa de campo com pioneiros e jovens das cidades possibilitou identificar como o estigma da 'Barranca' e outras múltiplas formas de dominação e subordinação se fazem presentes nas correlações entre essas cidades como uma ação estratégica de poder. Neste sentido, obtivemos como considerações finais desta pesquisa que a produção das desigualdades sociais entre as duas cidades parte de uma função histórica retroalimentadora que sustenta a manutenção do status-quo."


Palavras-chave: Poder, Memória, Estigma, Ceres, Rialma


Título: Poder, memória e estigmas: pontes entre Ceres e Rialma.

Autoria: Lucas Felício Costa.

Orientador: Prof. Dr. Pedro Dultra Britto.

Co-orientadora: Dra. Carolina Ferreira da Fonseca.

Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Artes Visuais (FAV), Programa de Pós-Graduação em Arquitetura - Projeto e Cidade, Goiânia, 2016.


Acesse o trabalho completo em habitaracidade.com/biblioteca



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[ Inscreva-se e garanta sua vaga! habitaracidade.com/vozes ]

O Projeto Vozes é um ciclo de conversas com compositores brasileiros que pretende conhecer melhor o pensamento, estilo de vida e a realidade de quem escreve as letras das músicas que muitas vezes sabemos de cor, mas não temos ideia de quem escreveu.

Para a primeira roda de conversas contaremos com a participação de Gil de Carvalho que é compositor de vários sucessos na voz de Bezerra da Silva dentre eles, 40 DP´s, Juramento é o meu Lugar, Pobre aposentado e Terreiro de safado.

O Projeto VOZES - ciclo de conversas com compositores - é um projeto de extensão da UFG - Regional Goiás e tem como realizadores o Projeto Transhistória, o Grupo de Estudos Crimideia e o Portal habitaracidade.com.

Projeto Vozes - Ciclo de conversas com compositores 1ª Edição | A voz do Morro Roda de conversas nº 1 | GIL DE CARVALHO 20/08/2020 – 19h habitaracidade.com/vozes

GIL DE CARVALHO POR ELE MESMO

“Gilmar S Nascimento, pseudônimo Gil de Carvalho, Gil de Gilmar e Carvalho vem do amor a poesia e o lugar onde nasceu e se criou.

Morro do Juramento (B. Vicente de Carvalho R.J).

Gil de Carvalho, é uma voz do morro, é Músico, Cantor e Compositor. Em suas composições ele canta a realidade do dia a dia de muitos brasileiros passando pelo amor, sofrimento, malandragem e as injustiças sociais de uma sociedade desigual.

Dentre as obras gravadas estão algumas eternizadas na voz do Mestre Bezerra da Silva como: Feitiço do Tião, O juramento Jurou, as 40dps, Pobre aposentado, Era da nova tecnologia, O Juramento é meu lugar e Terreiro de safado.

E com o filho do “Homem”, Ytalo Bezerra, gravou Está difícil sobreviver e Quem diria doutor.

E com Coelho do Cacique de Ramos, Elevação de terra.

E por esse motivo o Morro não vai se calar enquanto um Poeta existir.

Salve o Projeto a Voz do Morro.”

Gil de Carvalho.




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Em 2017, a comunidade do Alto Santana, da Cidade de Goiás, recebeu certificação da Fundação Palmares reconhecendo sua condição de comunidade quilombola urbana. Na condição de território de resistência e de cultura das populações negras, vivemos uma emergência de reconhecimento dessas comunidades nas cidades. No entanto, mesmo protegidos pela Constituição de 1988, esses povos e os lugares onde habitam e resistem à herança colonial ainda carecem de maior reconhecimento e efetiva proteção jurídica. O projeto parceiro Direitos Humanos nas Ondas do Rádio publicou um episódio de podcast sobre o tema, que está acessível no link habitaracidade.com/dh.



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